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A assuense Dandara faz história ao ser a primeira travesti do Brasil a advogar no Tribunal do Júri

Por Igor Apolônio, Engenheiro Agrônomo pela UFERSA, Especialista em Educação Ambiental e Editor Chefe do Observatório da Várzea.

Dandara da Costa Rocha tem 28 anos, é graduada em direito pela Universidade Federal Rural do Semiárido, e em 11 de Janeiro de 2023 foi aprovada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A advogada nasceu em Assú, cresceu no centro da cidade, foi aluna no Complexo Educacional Santo André (CESA) e concluiu o ensino médio no IFRN Campus Ipanguaçu.

A trajetória de Dandara é inspiração e exemplo, mas não foi uma caminhada fácil. Para conhecer um pouco mais sobre os desafios e conquistas da doutora o Observatório da Várzea a entrevistou.


Leia agora a entrevista na íntegra:


Perguntamos a Dandara se existe preconceito por ela ser travesti e hoje ocupar um espaço importante na sociedade. Em resposta a doutora disse:


“- Considero essa pergunta retórica.

Para se ter uma ideia, consoante "Dossiê 2023”, da ANTRA, o Brasil é, pelo 14º ano seguido, o país que mais mata pessoas trans e travestis. Dentre as mortes, contam-se pessoas mortas por ação – homicídio, com uso de arma de fogo e de armas brancas – e por omissão – o ciclo de violência que nasce com a discriminação na família e na escola, passa pela negação de nossa existência pelo CIStema e deságua em suicídios. Das 131 mortes em 2022, 130 referem-se a mulheres trans e travestis e uma a homem trans.